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Versões indígenas de super-heróis dos quadrinhos, por Ryan Pancoast

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Capitão América, por Ryan Pancoast

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Justiceiro, por Ryan Pancoast

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Homem-Aranha, por Ryan Pancoast

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Wolverine, por Ryan Pancoast

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Batman, por Ryan Pancoast

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Curta e conheça a página de Ryan Pancoast no Facebook aqui


Lançamento da Flica 2017

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Na terça-feira, 18 de julho, aconteceu, no Palácio Rio Branco, em Salvador, a coletiva de lançamento da 7ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira, a Flica2017. O evento teve a presença do Governador da Bahia, Rui Costa, do autor homenageado do ano, Ruy Espinheira Filho, do Prefeito de Cachoeira Tato Pereira, do presidente da Rede Bahia, Antônio Carlos Magalhães Júnior, da senadora Lídice da Mata, do Secretário de Cultura Jorge Portugal, e outros secretários de estado, prefeitos, deputados, autoridades e a imprensa. Foi divulgada a data do evento, que acontecerá, na cidade histórica de Cachoeira, de 05 a 08 de outubro de 2017, bem como os primeiros nomes confirmados.

O Governo do Estado da Bahia apresenta a Flica 2017, com patrocínio do Fazcultura, Governo da Bahia, apoio da Coelba, Hiperideal e Prefeitura Municipal de Cachoeira, e realização da Cali e Icontent.

A programação visual é de Duardo Costa.


Não consegue visualizar o player? Veja aqui


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Fotos oficiais do lançamento, veja aqui

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Cobertura da Secult BA, veja aqui

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Jornal Correio de 19-07-2017

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Jornal A Tarde - 19-07-2017

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Primeiros nomes confirmados - Curadoria de Tom Correia

Melhores do jornal Rascunho #206

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Simulador de memórias e futuros
Entrevista com Roger Mello, autor de W,
sua primeira narrativa voltada ao público adulto
[Marcio Renato dos Santos]
Leia aqui

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Os mitos cartográficos
Escrito com lirismo, "W"é um romance de leitura tensa, mas divertida
[Maurício Melo Júnior]
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Afinal, estamos escrevendo para quem? (final)
As mulheres continuam lendo mais: 59% são leitoras
[Fernando Monteiro]
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Maupassant: o domínio do mínimo
Maupassant é o típico autor que deleita os leitores e assombra os escritores
[Nelson de Oliveira]
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A doce face da violência
Em quase 500 romances publicados, Georges Simenon executou com maestria a linguagem contida que esconde fortes emoções
[Vivian Schlesinger]
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Melhores do jornal Rascunho #207

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Como é bom ser camaleão, de Chacal
Impressiona a homogênea toada, batida, dicção que Chacal sustenta desde 1971
[Wilberth Salgueiro]
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As ruínas do acaso
Os ensaios de Montaigne são o registro do seu desaparecimento, o abandono final diante da própria morte
[Martim Vasques da Cunha]
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Operário da ruína
A poesia de Augusto dos Anjos utiliza as duras engrenagens da ciência para escancarar de coisas minúsculas a abismos
[Rafael Zacca]
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Chantal Maillard
Três poemas de Chantal Maillard
[Tradução de Adriana Lisboa]
Leia aqui

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A era da suspeita
Certezas, convicções, crenças, princípios,
nada disso interessa aos grandes escritores
[José Castello]
Leia aqui

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Trilogia da perdição
Em torno da maldade três obras se conectam, se refletem, pavorosas
[Nelson de Oliveira]
Leia aqui

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Turbulentas descobertas
Romances de Ferenc Molnár e Rodrigo Lacerda tratam — de maneiras muito distintas — da passagem da infância rumo à vida adulta
[Carolina Vigna]
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Viajar não acaba nunca
Viajar não tem perfectivo, viajar não termina nunca
[Tércia Montenegro]
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Atrás das terras do Sem-fim
O clássico "Cobra Norato", de Raul Bopp, é prova do quanto a poesia é capaz de resistir a interpretações equivocadas
[Marcelo Reis de Mello]
Leia aqui

A flecha de Deus - Ditados - Parte 01

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Chinua Achebe (1930-2013), autor de A flecha de Deus


“Falar em voz alta (tem) o poder de transformar o medo numa verdade viva”

“O homem que nunca se submeteu a nada em breve se submeterá à esteira do seu enterro”

“Se um homem buscasse um companheiro que agisse inteiramente igual a ele, viveria na solidão”

“Quando apertamos a mão de um leproso, ele vai querer um abraço”

“A África nunca poupava os que faziam o que queriam fazer e não o que deviam fazer”

“Quando dois irmãos brigam, um estranho colhe sua safra”

“Aquilo que um homem não sabe é maior do que ele”

“Uma mulher velha nunca está velha quando se trata de uma dança que conhece”

“Um homem velho existe para falar”

“Aqueles de vocês que pensam que são mais sábios que seus pais esquecem que foram eles quem lhes legaram a forma de pensar”

“Um homem sem sorte bebe água e ela fica presa em seus dentes”

“Você culpa um abutre por se pendurar sobre uma carcaça?”

“O homem que traz para casa lenha infestada de formiga não deveria se queixar, se for visitado por lagartos”



Presentes no romance A flecha de Deus (Cia das Letras, 2011), de Chinua Achebe, páginas 131, 21, 134, 207, 47, 189, 124, 102, 30, 144, 326, 19 e 89, respectivamente, na tradução de Vera Queiroz.

Foto do autor daqui

A flecha de Deus - Ditados - Parte 02

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Chinua Achebe (1930-2013), autor de A flecha de Deus


“É o medo de causar ofensas que faz os homens engolirem veneno”

“A escuridão é tão grande que dá chifres a um cachorro”

“Um homem pode recusar-se a fazer aquilo que se pede dele, mas não pode se recusar a ser perguntado”

“O lagarto que lançou a confusão no ritual funerário de sua mãe por acaso esperava que estranhos carregassem o peso de honrar os seus mortos?”

“Quando um homem de astúcia morre um homem astucioso o enterra”

“O macaco curioso leva uma bala na cara”

“Quando damos um pedaço de inhame a uma criança e lhe pedimos que nos dê de volta um pedacinho, não é porque realmente queiramos comer inhame, mas porque desejamos testar o nosso filho. Queremos saber se ele é a espécie de pessoa que será generosa ou se ele agarrará tudo ao peito quando crescer”

“Um homem que sabe que seu ânus é pequeno não engole uma semente de udala

“Quem viaja para lugares distantes não deve fazer inimigos”

“Um homem não vai de encontro ao seu parente com sabedoria”

“A menos que o vento sopre, nós não vemos o rabo da ave”

“Um homem que faz perguntas não perde o seu caminho”

“O maior mentiroso dos homens ainda diz a verdade a seu filho”



Presentes no romance A flecha de Deus (Cia das Letras, 2011), de Chinua Achebe, páginas 237, 325, 125, 181, 34, 66, 209, 104, 241, 23, 88, 295 e 141, respectivamente, na tradução de Vera Queiroz.

Foto do autor daqui

Ditados do romance A flecha de Deus, de Chinua Achebe

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A flecha de Deus
(Cia das Letras, 2011)
Chinua Achebe



Parte I
“Falar em voz alta (tem) o poder de transformar o medo numa verdade viva”
Leia aqui




Parte II
“Um homem que faz perguntas não perde o seu caminho”
Leia aqui

Livro Mestre Dedé – O andarilho da ilusão (2017), de Ildegardo Rosa

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Mestre Dedé – O andarilho da ilusão
(Mondrongo, 2017)
Ildegardo Rosa

Sessenta anos atrás, o poeta sagra: “Eu queria ser vento e me fizeram pedra”. É o emblema da sua trajetória, a busca por ser um vento “liberto, alegre, que a todos conhece”, que “não tem preconceito” e “bisbilhota, canta, geme, chora e ri com os povos do mundo”, pois “traduz liberdade”, a escapar pelas frestas dos enquadramentos da matéria, que o forjam a ser “pedra grande, pesada, sem ânimo”, a virar concreto e monumento, “sendo escalada, mas sempre parada”. Um libertário a contestar os limites, um contestador a projetar soluções para superar o óbvio, um solucionador inspirado pela plena liberdade, para além da tirania das formas. Ildegardo Rosa, o Mestre Dedé.

Materializado em 22 de outubro de 1931, último dia de Libra, na cidade de Campos (atual Tobias Barreto), em Sergipe, fronteira com o nordeste da Bahia, quinto filho da forte Josepha com o inventor Joaquim, neto do coronel José Rosa— que dizem que inventou o sobrenome Rosa por gosto, e tragicamente morreu no naufrágio do Iate Itacaré (1939), em Ilhéus, junto com as economias da família (iria comprar fazendas de cacau) —, formou-se em Direito e Filosofia, teve diversos trabalhos, de açougueiro a ilustrado mestre cooperativista, Petrobras, Furnas e Uneb, foi menino que amava andar nu como índio, pai de duas filhas e um filho, avô de dois casais de netos, galante sedutor dançarino, honrado marido da musicista baiana Martha Anísia, 50 anos de amor e cumplicidade. Bem que tentaram, mas a pedra “chutada, pisada, cuspida, rolando... rolando... no sem fim das estradas” não foi capaz de conter o vento “forte, doido, tufão violento, revolucionário”, a soprar e gargalhar.

Mestre Dedé — O andarilho da ilusãoé uma antologia com 130 poemas de Ildegardo Rosa, abrangendo diversas fases da sua lavra: versos de amor, sociais, memorialistas e de expurgo das dores, com destaque para os seus poemas filosóficos e espirituais — as lições do Mestre Dedé, que morreu em 2011, aos 80 anos, no dia de Santa Luzia. “Eu sei (ou quase sei) que estou lá ou aqui — pouco importa”. Afinal, o mundo é uma ilusão.

Emmanuel Rosa*
Escritor e filho

*Mirdad assinou o texto da orelha com o sobrenome Rosa para homenagear o pai


Texto de Ildegardo Rosa na abertura do livro. Ele o escreveu quando era vivo, mas o livro acabou só sendo publicado quase dez anos depois.

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Amostra com 25 poemas





















Comparaçãoé o mais antigo do livro. Ildegardo o escreveu com apenas 20 anos.





A ironia deste poema é que, depois de cremado, as cinzas de Ildegardo foram jogadas na Baía de Todos os Santos, ou seja, foi morar no palácio encantado, lá no fundo do mar, junto a Janaína.




Presentes no livro Mestre Dedé – O andarilho da ilusão (Mondrongo, 2017), de Ildegardo Rosa, páginas 13, 14, 15, 17, 19, 38-39, 21, 29, 72, 20, 18, 22, 23, 40, 56, 52, 62, 86, 122, 140, 26, 92, 45, 91 e 69, respectivamente.



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Posfácio do livro por Martha Anísia, esposa de Ildegardo



O lançamento do livro póstumo aconteceu no dia 18 de maio de 2017, na Confraria do França, Rio Vermelho, Salvador-BA. Fotos do evento aqui

O livro custa R$ 30,00 (+frete). Pedidos: marthanisia@hotmail.com

Pinturas de Zdzisław Beksiński - Parte 01 (1970-1983)

Seleta: Gregory Alan Isakov

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Conheci o cantor e compositor Gregory Alan Isakov (nascido na África do Sul, mas criado na Pensilvânia, EUA, e baseado no Colorado) por conta de uma indicação do YouTube, após ouvir alguns álbuns de música folk. Gosto muito da sua voz e das suas composições, e fiz uma seleta de 30 canções baseada em três álbuns lançados por Gregory Alan Isakov – That Sea, The Gambler (2007), This Empty Northern Hemisphere (2009) e The Weatherman (2013). Clique no nome das músicas e escute no YouTube:

01. Master and a Hound

02. That Sea, The Gambler

03. The Moon Was Red & Dangerous

04. O' City Lights

05. Suitcase Full of Sparks

06. 3 a.m.

07. Honey, It's Alright

08. Virginia May

09. Astronaut

10. Dandelion Wine

11. San Francisco

12. The Stable Song

13. The Universe

14. She Always Takes It Black

15. All There Is

16. Time Will Tell

17. This Empty Northern Hemisphere

18. That Moon Song

19. If I Go, I'm Going

20. Idaho

21. Living Proof

22. Amsterdam

23. One Of Us Cannot Be Wrong

24. Black & Blue

25. Light Year

26. Unwritable Girl

27. Evely

28. Saint Valentine

29. Second Chances

30. Words

Foto por Rebecca Caridad, retirada daqui

Pinturas de Zdzisław Beksiński - Parte 02 (1971-1982)

20 livros da lista dos 100 melhores da Amazon que eu quero ler

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Meses atrás, vi, neste post, uma tal de lista dos 100 melhores livros segundo os editores da Amazon, chamada de 100 Books to read in a lifetime (veja aqui). Fucei e analisei as escolhas, e separei uma lista com os livros que não li e achei interessante os enredos. São eles (as sinopses encontrei em sites variados):


Homem invisível
(José Olympio, 2013)
Ralph Ellison
PS: Vou começar a ler em setembro.

É a história de um jovem negro que sai do sul racista dos Estados Unidos e vai para o Harlem, em Nova York, nos primeiros anos do século XX. Com o passar do tempo, entre experiências frequentemente contraditórias, o protagonista conhece um mundo muito diferente daquele que idealizara. Invisível para brancos racistas, e também para negros radicais, ele deseja apenas ser como é, e não um “homem invisível”, onde todos veem o que o rodeia e não a ele próprio.

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A cor da água
Tributo de um negro à sua mãe branca
(Bertrand Brasil, 1998)
James McBride
PS: Li neste mês e fiquei admirado
pela força da mãe do autor.

Narrativa de um jovem negro que busca suas raízes e de sua mãe. É o resgate da própria história do autor, vítima de racismo como sua mãe judia, que fugira da Polônia em 1921 e emigra para os EUA em busca de condições melhores de vida, porém, encontra só preconceito e discriminação.

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O conto da Aia
(Rocco, 2017)
Margaret Atwood

A história se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes - tudo fora queimado. As universidades foram extintas. Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. Nesse Estado teocrático e totalitário, as mulheres são as vítimas preferenciais, anuladas por uma opressão sem precedentes. As mulheres de Gilead não têm direitos. Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado - há as esposas, as marthas, as salvadoras etc. À pobre Offred coube a categoria de aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar. Com esta história, Margaret Atwood leva o leitor a refletir sobre liberdade, direitos civis, poder, a fragilidade do mundo tal qual o conhecemos, o futuro e, principalmente, o presente.

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Amada
(Companhia das Letras, 2007)
Toni Morrison

Livro mais conhecido da escritora americana, prêmio Nobel de Literatura de 1993, Amada ganhou o Pulitzer de 1988 e em 2006 foi eleito pelo New York Times a obra de ficção mais importante dos últimos 25 anos nos Estados Unidos. Sethe é uma ex-escrava que, após fugir com os filhos da fazenda em que era mantida cativa, foi refugiar-se na casa da sogra em Cincinatti. No caminho, ela dá à luz um bebê, a menina Denver, que vai acompanhá-la ao longo da história. Considerado um clássico contemporâneo, faz um retrato a um tempo lírico e cruel da condição do negro no fim do século XIX nos Estados Unidos.

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Muito longe de casa
Memórias de um menino-soldado
(Ediouro, 2007)
Ishmael Beah

Este clássico contemporâneo faz um retrato espantoso da guerra civil do ponto de vista de um menino-soldado. Em Muito longe de casa, Beah conta uma história pungente: aos doze anos de idade, fugiu do ataque de rebeldes e vagou por uma terra arrasada pela violência. Aos treze, foi recrutado pelo Exército do governo de Serra Leoa e descobriu que era capaz de atrocidades inimagináveis. Este é um relato raro e hipnotizante, contado com força literária e uma honestidade de cortar o coração.

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O mundo se despedaça
(Companhia das Letras, 2009)
Chinua Achebe

Romance fundador da moderna literatura nigeriana, O mundo se despedaça narra a história de Okonkwo, guerreiro de um clã que se desintegra depois da chegada do homem branco e de suas instituições. Os valores da Ibolândia são colocados em xeque pelos missionários britânicos que trazem consigo o cristianismo, uma nova forma de governo e a força da polícia. O romance é considerado um dos livros mais importantes da literatura africana do século XX. Foi publicado originalmente em 1958, dois anos antes da independência da Nigéria. Primeiro romance do autor, foi publicado em mais de quarenta línguas.

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Nascido para correr
A experiência de descobrir uma nova vida
(Editora Globo, 2010)
Christopher McDougall

O livro conta a história dos índios Tarahumara, que habitam a região de encostas e cânions inacessíveis na fronteira mexicana com os Estados Unidos. Eles são os melhores corredores do mundo, superando em muitas vezes a resistência de maratonistas experientes. Com a maior naturalidade, correm o equivalente a quatro vezes uma maratona nos piores terrenos e condições. O problema é que - apesar de viver em perfeita harmonia entre seus membros - não gostam da visita de estranhos que quebrem seus ritmos de vida. Para conseguir o contato e a confiança da tribo, McDougall precisou passar por narcotraficantes perigosos e personagens que lembram fantasmas mitológicos do velho oeste.

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A vida imortal de Henrietta Lacks
(Companhia das Letras, 2011)

O livro reconstitui a vida e a morte de uma das mais injustiçadas personagens da história da medicina, e demonstra como o progresso científico do século XX deveu-se em grande medida a uma mulher negra, pobre e quase sem instrução. Doadora involuntária da linhagem “imortal” de células HeLa, a mais pesquisada em todo o mundo, a protagonista do premiado livro de estreia de Rebecca Skloot recebe uma merecida e tardia homenagem.

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O 11º Mandamento
(Companhia das Letras, 2011)
Abraham Verghese

Depois de se conhecerem no navio que os levou da Índia para o Iêmen, o médico inglês Thomas Stone e a freira carmelita Mary Joseph Praise se reencontram num hospital em Adis Abeba, capital da Etiópia. Da união proibida entre os dois, nasce um par de gêmeos unidos pela cabeça, e operados em seguida. Para completar o cenário dramático, a mãe morre no parto e o pai desaparece no mundo, deixando os meninos nas mãos de um casal de médicos missionários. Shiva e Marion crescem juntos na Etiópia, mas uma mulher abrirá um abismo entre eles, separando-os radicalmente outra vez. Avançando por páginas em que não faltam lugares e personagens fascinantes, a saga se desloca da África para um hospital nos Estados Unidos. Traumas e decepções do passado ressurgem, e será preciso superá-los para reencontrar o amor que os une e a possibilidade de redenção.

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Intérprete de males
(Globo Livros, 2014)
Jhumpa Lahiri

Nos nove contos que compõem o livro, o leitor verá sempre certo incômodo de estar num lugar de um modo desconfortável, uma espera sem nome e sobressaltos do entendimento desse processo. E é com esse olhar — que sempre vai e volta entre o espaço de estar e o espaço de querer estar — que Jhumpa trará histórias tocantes, nem sempre pelo enredo — que faz da simplicidade seu trunfo — mas certamente pela delicadeza de sua narrativa, e sobretudo pelo olhar arguto para tudo que revele um sentimento, uma tensão, uma espera.

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Duna
(Aleph, 2010)
Frank Herbert

Considerada uma das maiores obras de fantasia e ficção científica de todos os tempos, é um premiado best-seller já levado às telas de cinema pelas mãos do diretor David Lynch. A vida do jovem Paul Atreides está prestes a mudar radicalmente. Após a visita de uma mulher misteriosa, ele é obrigado a deixar seu planeta natal para sobreviver ao ambiente árido e severo de Arrakis, o Planeta Deserto. Envolvido numa intrincada teia política e religiosa, Paul divide-se entre as obrigações de herdeiro e seu treinamento nas doutrinas secretas de uma antiga irmandade, que vê nele a esperança de realização de um plano urdido há séculos.

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Ardil-22
(Edições BestBolso, 2010)
Joseph Heller

Ambientado na Segunda Guerra Mundial, este clássico antibelicista e satírico consagrou Joseph Heller no meio literário. Primeiro romance do autor, foi aclamado pela crítica inglesa ao enfatizar, de modo irônico, o absurdo da guerra e as atrocidades cometidas nos campos de batalha. O livro inspirou o filme de guerra homônimo dirigido por Mike Nichols, uma peça de teatro apresentada no John Drew Theater de Nova York, a comédia M.A.S.H. de Robert Altman sobre a Guerra da Coreia e o 66º episódio da série televisiva Lost, intitulado Catch-22.

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As incríveis aventuras de Kavalier & Clay
(Record, 2002)
Michael Chabon

É um retrato da Nova York das décadas de 30 e 40 - uma cidade se recuperando de uma recessão e sob a sombra da Segunda Guerra Mundial. Um local onde imigrantes se tornavam americanos, órfãos se transformavam em super-heróis e a cultura pop e suas manifestações - pulp fictions e histórias em quadrinhos - viviam seu momento glorioso. A linguagem de Michael Chabon pretende revelar neste livro a história de Joseph Kavalier, um fã judeu de Houdini, que usa suas habilidades para escapar de Praga.

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Autobiografia de Malcolm X
(Record, 1992)
Malcolm X e Alex Haley

Lançado em 1965, logo após a morte do líder negro, foi editado no Brasil pela editora Record, em 1965 e 1992, ambas fora de catálogo. O livro conta a história de Al Hajj Malik Al-Shabazz, ou simplesmente, Malcolm X, desde a sua infância até a sua morte. Foi classificado como um dos 10 livros de não ficção mais importantes do mundo.

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A fazenda africana
(Cosac Naify, 2005)
Karen Blixen

Trata-se de um livro autobiográfico, mas com um caráter muito mais, por assim dizer, 'etnográfico' do que melodramático. Apesar da vida amorosa infeliz, esta parece ser a última das preocupações da narradora. São antes as descrições de uma galeria de pessoas, empregados, colonos europeus, paisagens e animais, relatos de histórias ouvidas, pequenos fragmentos de episódios e observações de caráter antropológico, que compõem o cerne desta obra.

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A Bíblia envenenada
(Revan, 2000)
Barbara Kingsolver

Ficção com lastro na história real, narra a aventura de um religioso norte-americano que, no final dos anos 50, leva a família para o então Congo Belga, no coração da África. O romance é composto por narrativas alternadas da esposa e das quatro filhas menores do pastor, através das quais o leitor acompanha a evolução e o amadurecimento de cada uma delas no convívio com a realidade da África. Ao fundo, desenrola-se a luta pela independência, que culmina com o assassinato do herói Patrice Lumumba ordenado pelo então presidente Eisenhower e friamente executado pela CIA.

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Moneyball
O homem que mudou o jogo
(Intrínseca, 2015)
Michael Lewis

Numa narrativa repleta de personagens fascinantes e questionamentos inteligentes, Michael Lewis mostra a luta de um administrador para levar seu empreendimento à máxima performance pelo menor custo, e impor racionalidade num universo dominado por favorecimentos, desperdício e vícios. É a história de superação de um time medíocre e a biografia de um homem que se destacou num dos negócios mais ferozes e competitivos dos Estados Unidos.

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Middlesex
(Companhia das Letras, 2014)
Jeffrey Eugenides

Narrado por uma personagem hermafrodita, é um épico intergeracional e intersexual. Sofisticado, recheado de referências literárias, e ao mesmo tempo envolvente, Middlesexé uma reinvenção do épico americano, que alia as tradicionais sagas familiares à mais virtuosa narrativa pós-moderna. Um romance intergeracional e intersexual, vencedor do Pulitzer em 2003.

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Matadouro 5
(L&PM, 2005)
Kurt Vonnegut

Conta a tentativa de um ex-soldado americano que lutou na Segunda Guerra Mundial e que assistiu ao bombardeio da cidade de Dresden de escrever sobre a experiência da guerra. O livro é uma narrativa inigualável, fantasiosa, sarcástica, engraçada, satírica, irônica, triste e cheia de sentido. Foi classificado pelo conselho editorial da Modern Library como um dos 20 melhores romances em língua inglesa do século XX. Uma crítica social da mais criativa, inclassificável e atual, da expressão de uma visão de mundo ingênua e desencantada ao mesmo tempo.

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Crônica do pássaro de corda
(Casa das Palavras, 2006)

Toru Okada, um jovem japonês que vive na mais completa normalidade, vê a sua vida transformada após o telefonema anônimo de uma mulher. Começam a aparecer personagens cada vez mais estranhas em seu redor e o real vai degradando-se até se transformar em algo fantasmagórico. A percepção do mundo torna-se mágica, os sonhos invadem a realidade e, pouco a pouco, Toru sente-se impelido a resolver os conflitos que carregou durante toda a sua vida. Crônica do Pássaro de Corda, ao qual foi atribuído o Prêmio Yomiuri, é considerado, por muitos, a obra-prima de Murakami. 

Pinturas de Zdzisław Beksiński - Parte 03 (1984-1989)

Cinco passagens de Haruki Murakami no livro Romancista como vocação

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Haruki Murakami - Foto: Markus Jans

"(...) Mas por que um escritor tem que ser um artista? Quando isso foi decidido, e por quem? Ninguém decidiu isso. Nós podemos escrever romances da forma como desejarmos. Para começar, se pensarmos: Não preciso ser um artista, nos sentiremos bem mais leves. Um escritor deve ser uma pessoa livre antes de ser um artista. Fazer o que gosta, quando gosta, do jeito que gosta: essa é a definição de pessoa livre para mim. Prefiro ser uma pessoa comum e livre a me tornar um artista e me preocupar com a opinião dos outros, sujeitando-me a formalidades inconvenientes."

"Toda vez que me perguntam sobre prêmios (por alguma razão ouço esse questionamento tanto no Japão como no exterior), procuro responder: 'O mais importante é que se tenha bons leitores. Nenhum prêmio literário, nenhuma medalha, nenhuma resenha favorável possuem significado substancial se comparados com os leitores que compram os meus livros com o próprio dinheiro'. Já dei essa resposta várias vezes, cansei de tanto repeti-la, mas quase ninguém me leva a sério. Na maioria das vezes sou ignorado."

"Não sei se as minhas obras são boas e, caso sejam, não sei o quanto são. Acho que é uma coisa que não cabe ao autor dizer. Nem é preciso dizer que quem julga as obras são os leitores, e que seu valor é revelado pelo tempo. A única coisa que o autor pode fazer é aceitar os julgamentos em silêncio."

"Acho que o caos existe na mente de todas as pessoas. Dentro de mim e de você também. Não é algo que precisa ser mostrado na vida prática: 'Olhe o caos que eu carrego, veja como ele é grande!'. Se você quer se encontrar com o seu caos interno, basta fechar a boca e descer sozinho ao fundo do inconsciente. É aí que se encontra o caos que você precisa enfrentar, aquele que vale a pena ser enfrentado. Ele está no seu ponto mais íntimo."

E o melhor trecho da obra, destacado anteriormente pelo romancista Carlos Barbosa (nesse post), que me indicou o livro:





Presentes no livro de ensaio Romancista como vocação (Alfaguara, 2017), de Haruki Murakami, páginas 81, 40, 91, 103 e 15, respectivamente, na tradução de Eunice Suenaga.

Foto do autor por Markus Jans daqui

Pinturas de Zdzisław Beksiński - Parte 04 (1987-1994)


Cinco poemas e três passagens de Edra Moraes no livro Para ler enquanto escolhe feijão

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Edra Moraes - Foto: Anderson Coelho

Não sou musa, sou poeta
Edra Moraes

Musas são diáfanas, acariciam como a seda,
Leves como uma pena ao vento

Eu carrego em mim o peso de um bloco de mármore,
e rasgo a carne como o ferro

Musas caminham nas pontas dos dedos,
Admiram Sade, Foucault e Loyola

Eu caminho coxa arrastando este fantasma,
Todos eles me estudaram e nunca me entenderam

Musas têm bundas, seios e sorrisos fáceis
Eu não tenho corpo, sou bela como um vulcão

Musas caminham de mãos dadas ao teu lado
E despertam a inveja dos teus amigos

Eu caminho sozinha, mesmo na multidão
Eu uso minhas mãos para tirar as pedras do caminho

Musas estudam arte, cinema, música e poema
Eu vomito palavras, erro os acentos e troco pronomes

Musas nasceram para serem amadas
e eu, poeta que sou, nasci para amar
Amar a ti, aos pássaros e o cão morto na esquina

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12
Edra Moraes

não falem do meu amor
à boca pequena
ele é um grito, de tão alto

nunca foi ouvido

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Que idade eu tenho?
Edra Moraes

Que número é este que não me define?
Eu tenho a idade do meu pensamento

Criança, brilho de espanto e encantamento

Sou moça bonita, em labareda sem fim

Madura, cuido de um jardim que nunca vi

Velha, maga e bruxa, conto os fios brancos
Espero o descanso que deveria ser meu fim
Mas é só o começo do que está por vir

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Incomparável
Edra Moraes

compare-me a com a flor
serei forte e rude
compare-me com a pedra
serei leve e frágil
compare-me com a lua
serei quente e próxima
compare-me com a rua
serei aconchego e regaço
para chegar até mim
compare-me com o nada

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Desiderium ultimum
Edra Moraes

quero cremação e cinzas espalhadas
se os familiares não tiverem para tanto
que me fechem em um caixão, sem vidro
não quero o algodão das narinas
exposta assim para visitação
não gastem flores,
me forrem com poemas
que terei tempo na eternidade
para revisões críticas
ascendam uma vela para mim
e uma para os meus feitores
evitem cortejos longos
e desnecessários adeuses
pois é agora que permaneço

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"Deus me livre das pessoas leves
Que nada levam a sério
Que nada são além de guarnição
Para a cerveja e o churrasco
(...)
Deus me livre das pessoas frágeis
Que a culpa de suas dores são sempre do outro
(...)
Deus me livre das pessoas inocentes
Que servirão de escudo para os meus inimigos"


"Algumas pessoas perdem as chaves e se desesperam.
Eu perdi a mim e, por anos, me procurei em silêncio."


"tenho dó da palavra amar e seus derivados
usadas aqui e acolá por adolescentes a procura de sexo
ou velhos maduros em tédio.
tenho dó das palavras que como eu
estão fora do contexto"



Presentes no livro de poemas Para ler enquanto escolhe feijão (Atrito Arte, 2016), páginas 13, 70, 26, 17 e 48, respectivamente, além dos trechos dos poemas Poema oração (p. 27), Achados e perdidos (p. 60) e (p. 46), presentes na mesma obra.

Pinturas de Zdzisław Beksiński - Parte 05 (1995-2004)

Seleta: Músicas da seção Intervalo

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Fotos: Internet

Entre 2009 e 2011, tive uma seção neste blog chamada "Intervalo". Nessa época, postava poemas, minicontos e trechos de contos (posteriormente, apaguei todos os posts, porque revisei e reescrevi o material, e, em breve, anunciarei o ponto final desses textos), além de outros troços sazonais e divulgação do trabalho alheio. Para respirar desses assuntos, criei a "Intervalo", que consistia em publicar uma música, disponível no YouTube, que eu estivesse mais ouvindo naqueles dias. Então, por esses dias de agosto de 2017, resolvi compilar o que de melhor passou na "Intervalo", e o resultado segue abaixo (a ordem é por preferência das que mais gosto). Som no tubo!

Fotos: Internet

Radiohead –Weird Fishes/Arpeggi (ao vivo)

Audioslave – Like a Stone

The Swell Season – The Moon (ao vivo)

Dire Straits – Where do You Think You're Going? (ao vivo)

Jimi Hendrix – Foxy Lady (ao vivo)

Grant Lee Buffalo – Fuzzy (ao vivo)

Hoodoo Gurus – 1000 Miles Away

Foo Fighters – Times Like These

Thin Lizzy – Wild One

Louise Attaque – À l'envers

The Bad Plus – Comfortably Numb

Serge Gainsbourg – La Chanson de Prévert

Chavela Vargas – La Llorona (Frida)

Messias – The Machines are My Family

Letieres Leite & Orquestra Rumpilezz – Floresta Azul (ao vivo)

Mariana Magnavita – White (ao vivo)

O Jardim das Horas – Flora Pura (ao vivo)

FilhodosLivres – Monocromo

-------- INTERVALO DA INTERVALO --------

Fotos: Internet

A coluna "Vício" foi um desdobramento da "Intervalo", em que postava músicas que estavam no meu repeat eterno (ouvia sem parar, mesmo!). Foram pouquíssimos posts, na mesma época da "Intervalo" (engraçado que tiveram músicas dessa coluna que também tocaram no repeat eterno, como "Fuzzy" ao vivo, do Grant Lee Buffalo). São as viciantes (na época; porém, "Dery", "Tardes noites & dias" e "Pense à Moi" continuam tocando muito por aqui):

Salif Keita – Dery

Esso – Tardes noites & dias

Luke – Pense à Moi

Carolina Diz – Mariana (ao vivo)

Wilson Dias – Canção de Siruiz (ao vivo)

Romulo Fróes – Nada Disso é Pra Você Querer (Música de Bolso)

-------- FIM DO INTERVALO DA INTERVALO --------

Fotos: Internet

Tribo de Jah – Breve Sopro no Ar (ao vivo)

Tom Waits – The World Keeps Turning

Tom Waits – Tom Traubert's Blues (Waltzing Matilda) (ao vivo)

Los Hermanos – Sapato Novo (ao vivo)

Luís Capucho – Máquina de Escrever (ao vivo)

John Coltrane – Spiritual

Lemmy Motörhead & Slash & Dave Grohl – Ace of Spades (ao vivo)

Mahalia Jackson – In the Upper Room

Theatro de Séraphin – Doze por Oito

Ben Harper & Relentless 7 – Up to You Now (ao vivo)

Amélie-Les-Crayons – La Garde Robe D’Elizabeth (ao vivo)

naurÊa – Bomfim (ao vivo)

Romulo Fróes – Para Fazer Sucesso

Edson Gomes – Árvore (ao vivo)

Yun-Fat – He Wants a Bullet Between His Eyes

Maciel Melo – Nos Tempos de Menino

Staff Benda Bilili – Je t'aime (ao vivo)

Victor Wooten – I Saw God (ao vivo)

Rafa Barreto – Eu Viola, Eu Tambor (ao vivo)

Cássia Eller – Luz dos Olhos (ao vivo)

Jimmy Smith – Walk On The Wild Side (ao vivo)

Black Mountain – The Hair Song

Geraldo Vandré – Aroeira (ao vivo)

Paulo Soares & A Terceira Cidade – Um lugar feliz (ao vivo)

Karina Buhr – Vira Pó (ao vivo)

Gene Krupa & Buddy Rich – Drum Battle (ao vivo)

Sra. Odintsova, sábia

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Foto de Clarissa Bonet, daqui


“Terei muito prazer em conhecer o homem que tem a coragem de não acreditar em coisa alguma”.


Sra. Odintsova, personagem do romance “Pais e filhos” (Отцы и дѣти), de Ivan Turguêniev, página 61, na tradução de Ivan Emilianovitch.

Don Draper, mortal

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Mad Men, E01S01

“‘Ela não se casará porque nunca se apaixonou.’ Escrevi essa frase para vender meias. (...) Amor? A senhorita se refere ao raio que abala o coração e você não consegue comer nem trabalhar, e você sai correndo e se casa e faz bebês. A senhorita só não sentiu isso porque isso não existe. A senhorita chama de amor algo inventado por gente como eu, para vender meias. (...) Você nasce e morre sozinho. As regras que o mundo lhe joga são para fazê-la esquecer isso, mas eu não esqueço. Vivo como se não houvesse amanhã, porque não há amanhã.”

Esta fala sensacional é do publicitário Don Draper, interpretado por Jon Hamm, escrito por Matthew Weiner, no final de “Smoke Gets in Your Eyes”, o primeiro episódio da primeira temporada da premiada série Mad Men.


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A fala no original:

“‘She won't get married because she's never been in love.’ I think I wrote that to sell nylons. (...) When you mean love you mean a big lightning bolt to the heart, where you can't eat and you can't work, and you just run off and get married and make babies. The reason you haven't felt it is because it doesn't exist. What you call love was invented by guys like me to sell nylons. (...) You're born alone and you die alone and this world just drops a bunch of rules on top of you to make you forget those facts, but I never forget. I'm living like there's no tomorrow, because there isn't one.”
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